segunda-feira, 19 de maio de 2014

Concepções Epistemológicas - Professoradas de um Professor

Eu, como todos os professores, também vivenciei vários anos de educação regular, desde os anos iniciais da educação infantil até minha graduação.
Claro que, como um profissional da educação, continuo em um processo de aprendizado contínuo.
As formas (e plataformas) mudaram... mas o processo de formação continuada não para.
Hoje resolvi fazer uma análise sobre os professores que participaram da minha educação básica.
Começarei minha análise pela minha pré-escola... período onde pude vivenciar uma educação criticista, onde nossa professora permitia a experimentação de situações problemas para que pudéssemos aprender.
Porém, logo após esse primeiro contato, que foi fundamental para despertar minha curiosidade e meu interesse pelo conhecimento, vivenciei anos de educação formal e maçante. Professores subjetivistas, regurgitando um monte de informações e cobrando em provas muito mal elaboradas. Verificaram apenas nossa capacidade de uma memorização curta. Senti muitas vezes que aquela centelha acesa na minha pré-escola a cada dia esfriava.
Ao chegar ao ensino médio convivi com extremos. Um professor de Química, altamente objetivista, despertou meu interesse pelo conhecimento. Descobri que era capaz de aprender através da observação, da pesquisa, tirando minhas próprias conclusões. Mas, mesmo com todo esse interesse, não fui um aluno brilhante em Química. Foi o professor de Biologia, não tão encantador inicialmente como o professor de Química, que mostrou, e meu ver, o melhor caminho para que pudéssemos chegar ao conhecimento. Através de situações problemas, analisando objeto, mas sem esquecer do sujeito, pudemos vivenciar o interacionismo tão falado por Piaget e Vygotsky. Confesso que só vim a conhecer essa linha de pensamento em minha graduação. Graduei-me em Biologia, muito por influência de meu professor do ensino médio.
Nesses 18 anos lecionando percebi que dificilmente podemos nos ater em apenas uma estratégia. Busco, assim como meu "professor-inspirador", usar sempre que possível o interacionismo, porém, em alguns momentos e por força das instituições que leciono, apresento uma atitude subjetivista.
Em uma escola ideal, nós professores, ainda mais da área da ciência da natureza, poderíamos iniciar todas as nossas aulas com uma situação problema, para que posteriormente pudéssemos usar as ferramentas e a conceituação necessária.
E você colega professor? Qual o seu perfil? Vamos compartilhar.